Convenções Contábeis
Foram criadas com base na grande margem de liberdade que permitem ao contador ao efetuar o registro das operações (escrituração dos fatos contábeis), delimitar conceitos, atribuições e direções a serem seguidas nos registros destes fatos.
Portanto “convenções contábeis” são conceitos que servem como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como:
Convenção da Objetividade
Restringe o uso excessivo de liberalismo na escolha de critérios, principalmente em se tratando de valor. O profissional contábil deve escolher, entre vários procedimentos, o mais adequado para descrever um evento contábil.
Exemplo: Entre um valor documentado e um valor hipotético, deve-se escolher o valor documentado.
Convenção do Conservadorismo ou da Prudência
Em caso de dúvidas quanto à valoração de ativos, passivos, despesas e receitas, o contador deverá sempre atribuir os valores menores para ativos e receitas e os maiores para passivos e despesas. O objetivo do conservadorismo é não dar uma imagem otimista em uma situação alternativa que, com o passar do tempo, poderá reverter-se.
Exemplo: Se o contador estiver em dúvida diante de dois valores, igualmente válidos, de uma dívida da empresa com terceiros, ele deverá registrar o maior valor.
Convenção da Materialidade ou Relevância
Para se evitar desperdício de tempo e dinheiro, deve-se registrar na contabilidade apenas os eventos dignos de atenção e na ocasião oportuna. Dessa forma, o contador não perde tempo com registros cujos controles podem se tornar mais onerosos (caros) que os próprios valores a serem registrados.
Exemplo: Os gastos com materiais de expediente da empresa são utilizados (como papéis, impressos, lápis, caneta, etc.) e ou gastos com cópias em uma empresa poderiam ser registrados à medida de sua ocorrência, entretanto pela irrelevância da operação, a despesa só é apurada no fim do período por diferenças de estoques.
Convenção da Consistência (ou Uniformidade)
Adoção de critérios utilizados contabilmente em determinado período contábil que devem ser mantidos ao longo do tempo para que as demonstrações contábeis dos diversos períodos e das diversas datas sequenciais sejam comparáveis entre si, permitindo ao leitor a extração de informações úteis e com alguma capacidade de apontar tendências futuras.
Exemplo: Se for adotado o método FIFO (ou PEPS = Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) para avaliação de estoques em lugar do LIFO (UEPS = Último a Entrar, Primeiro a Sair ) ambos atendem ao mesmo princípio geral, isto é, “Custo como base de valor”, deverá ser usado sempre o mesmo método nos outros períodos.